Movimento Rio quer MotoTaxi

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Moto-Táxis são as novas vítimas da militarização


Não somos Ladrões

O moto-táxi é um dos únicos meios de transporte disponíveis para os trabalhadores que vivem nos morros do Rio de Janeiro. Depois de chegar às margens da favela após um cansativo dia de trabalho, moradores ainda enfrentam ladeiras intermináveis até chegar em casa. Durante a madrugada, quando grande parte das linhas de ônibus e vans não opera mais, a dificuldade é maior e o serviço dos moto-taxistas torna-se a única opção para quem quer chegar ao alto desses bairros pobres.

Porém, nas favelas ocupadas pela PM, o serviço de moto-táxi tornou-se alvo de campanhas difamatórias e criminalizadoras, contando para isso com o empenho do monopólio das comunicações. Nos morros do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, uma série de restrições foram impostas pelo comando da UPP para boicotar o serviço oferecido pelos moto-táxis, o que revoltou os moradores.

— Tenho 62 anos e não aguento mais subir essas escadas até a minha casa. Depois da UPP, o moto-táxi não é mais garantido. Um dia os meninos estão trabalhando e no outro não, porque a polícia não deixa. Isso é uma falta de respeito com esses meninos. O pessoal da UPP fala que eles são do tráfico, mas isso é uma grande mentira. Que traficante que quer subir e descer o morro carregando morador ganhando 1 real por viagem? Esses garotos trabalham muito pra sofrerem esse tipo de acusação. Sem o moto-taxi, como as pessoas idosas vão sair de casa? — questiona a aposentada Jovelina Tavares.

Já na Ladeira dos Tabajaras, os moto-taxistas cruzaram os braços acusando o comando da UPP de persegui-los. Isaías Mendes, representante dos trabalhadores, diz que todas as exigências iniciais da polícia foram cumpridas por todos os profissionais e mesmo assim, a perseguição continua.

— Eles disseram que todo mundo tinha que ter carteira de motorista, documento da moto em dia e andar com dois capacetes e nós acatamos tudo direitinho. Agora eles voltam com essa história de ligação com o tráfico. A realidade é que não querem deixar a gente trabalhar de jeito nenhum. Daqui a pouco colocam uma empresa pra fazer moto-taxi e tiram o nosso trabalho — afirma o rapaz.

O MOVIMENTO QUER MUDAR ESTA HISTÓRIA



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